Sobre a origem do latim e outros línguas, Jones, magistrado e orientalista inglês, comparou a escrita sânscrita, antiga língua da costa sacerdotal dos brâmanes e notou semelhanças entre a língua latina e grega. O latim e o grego eram falados em regiões próximas, esses povos estiveram em intenso contato durante séculos, principalmente por motivos comerciais. Jones propôs a partir das observações que o sânscrito, o latim e o grego e outros idiomas tivessem sido originadas de uma língua comum, o que foi designado por ele de “língua mãe”.
Os estudos de Jones sobre a origem das línguas suscitou enormes estudos no ramo da linguagem, entre eles se destacaram a lingüística histórica e comparativa que resultaram no século XX o surgimento da lingüística estruturalista. A língua mãe sugerida por Jones como a concebidora de outras línguas foi designado por ele de indo europeu, por causa da sua abrangência nos territórios europeus e asiáticos.
A origem do latim é indo-européia. Seus primeiros registros documentados são do século 7 a.C., era uma língua falada pelos povos da Roma antiga. Com a queda do império romano, a língua antes aprendida pelos povos tornou-se livre e acabou por dá origem as línguas neolatinas, entre elas o português.
O latim era a língua falada no Lácio (Latium), região central da Itália, onde fica a cidade de Roma. Mas não era a única língua falada na península itálica, onde também se falava o osco, o umbro, o etrusco e também o grego. No entanto, o latim prevaleceu sobre as demais, ajudado pelas grandes conquistas militares dos romanos.
O latim, enquanto idioma existia desde os tempos pré-históricos, porém foi a partir do século III a.C. que passou a adquirir uma forma literária, construindo-se aos poucos uma gramática com regras explícitas, cuja consolidação se deu por volta do século I a.C., que é considerado o período clássico do latim.
Quando nos referimos ao latim clássico, estamos nos referindo ao latim da época de Cícero, César, Sêneca, ou seja, ao da época do apogeu do império romano. No entanto, ao lado desta língua erudita, castiça, falada e escrita pelas pessoas letradas, havia o latim popular, que assumia formas mais livres e sem a precisão das regras gramaticais, falada pelas pessoas do povo e, principalmente, pelos soldados romanos, que participavam das guerras de conquistas.
Foi desta língua popular, no confronto com outros idiomas falados nas diversas localidades por onde passou o rolo compressor das legiões romanas, que se originaram as línguas românicas, dentre elas, o português, o espanhol, o francês, o italiano.